sábado, 2 de agosto de 2008

No céu

Branca de neve assiste ao desenho das oito e meia da noite: "eu posso porque tou de férias, né, mamãe?"; depois do jantar já foram dois mini sorvetinhos, a boca lambuzada de chocolate até irmos escovar os dentes, no espelho as bochechas rosas da piscina no fim da tarde. Mais cedo, saindo do restaurante, "quando eu for velhinha a mãe já vai estar no céu...", sequer me dá tempo de replicar e avança: "mas depois eu vou pro céu pra encontrar com a mãe e vamos ficar grudadas para sempre, né?". Diz isso e sai correndo para a avó. Tiro fotos das duas dançando na praça, brincando de frente para o mar. Abrem os braços fazendo pose e riem com vontade. Um restinho de tristeza dentro de mim se desmancha de vez nas risadas das duas. Pegamos o carro para atravessar a ponte. O dia é quente e o céu, aqui.

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