segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fim de tarde em Portimão

O sol se põe por trás do hotel Casino em cujo topo vêem-se as bandeiras da Alemanha, Inglaterra e França. Mais cedo, na rua, pedindo indicações acabei agradecendo com um tímido “danke schon” ao esforço feito por um cidadão que passeava com um cachorro e que simplesmente respondeu em alemão às minhas perguntas feitas em português. Almoçamos com catchup e batatas fritas cercadas de estrangeiros da pele branca, bebês de olhos azuis e adolescentes que repetiam sanduíches enormes. O cafezinho tomamos com Tia Elza e Ju, um oásis de inspiração e verdade, noutro restaurante rigorosamente igual ao nosso. Na piscina de crianças, Manuela: “vamos morar neste hotel, mamãe?”. Daqui da varanda do quarto, vejo a rua cheia de lojinhas onde vendem-se havaianas, anéis de prata, saídas de praia estampadas, sorvetes coloridos e turistas indo e voltando, pra onde, meu Deus? Tudo menos paz, mas é ótimo ter vindo. Misturada com os muitos barulhos da rua, do ar condicionado dos quartos e da televisão, vem lá do jardim uma gravação chiada de Rui Veloso, “mooooostra-me o teu lado lunar”, dando sentido à tarde.

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