quinta-feira, 26 de junho de 2008

Historinha misteriosa

Ela passou por mim de carro, um sorriso que julguei cúmplice, "vamos tomar um café?", respondi que não, "tou indo pro trabalho", de repente nem havia cumplicidade no sorriso: a gente acaba vendo aquilo que quer e não o que a realidade apresenta, não é?, a verdade é que eu tinha tanto a dizer pra ela, precisava tan-to dos conselhos dela que não podia nem responder ao seu bom dia quanto mais  ir tomar um café. Ela bem me disse, "não vou me meter na história de vocês dois", achei frio na ocasião. Ela estava certa. Eu tinha tanto a dizer. Eram nove e meia da manhã quando fiquei pequenininha, do tamanho de um botão. Vesti meus Rayban pra disfarçar o susto, este tremendo susto da vida.

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