sábado, 8 de novembro de 2008
Como é suposto que aconteça em Novembro
Vontade de tantas coisas: de saber o futuro para confirmar já minhas infundadas teorias sobre o rumo para onde os dias me levarão, de ter uma bola de cristal e adivinhar o que vai acontecer, de mergulhar nos seus olhos claros pra ler a verdade dos momentos que dividimos juntos, tantos e tão distintos ("é que a gente mudou tanto desde que a gente se conheceu, não foi?"). Eu digo uma besteira, você ri, eu pergunto "de quê que você tá rindo?", você imita a minha voz e ri de novo, como se eu fosse a pessoa mais fascinante desse mundo. Você é a pessoa mais fascinante desse mundo, pelo menos nesta noite de sábado, que descrevo: Manuela de banho tomado, pizza jantada, pijama de flanela e chinelo de gatinho cor-de-laranja, barulho da Iara de cabelo lavado arrumando a cozinha, Beleza, a shitsu, passa apressada e penso que daqui a pouco vou tomar um banho para encontrar uns amigos. Faz frio na rua como é suposto que aconteça em Novembro. Sem sustos, a vida toda nos seus lugares. E ponto.
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